terça-feira, 6 de agosto de 2013

SIMPLICIDADE


Quem não deseja viver uma grande história? Imaginem ter os seus feitos, os seus ideais, as suas descobertas eternizadas na humanidade!

Até chegarmos aqui e desfrutarmos de tantas opções e comodidades existentes nesse mundo moderno, muitos cientistas se debruçaram sobre seus cálculos quase intermináveis, estudaram por uma vida – até deixando a sua própria de lado – para descobrir tecnologias, identificar doenças.

Muitos médicos se dedicaram a elaborar novas terapias, novas ferramentas para sarar ou amenizar as dores das pessoas que passaram por seus consultórios.

Vários filósofos gastaram seu tempo para compreender as motivações, os objetivos, os sentimentos e pensamentos que norteiam a trajetória do homem. Com suas experiências ou através da contemplação do alheio, conseguiram lapidar sabedoria onde os normais só enxergam pedra bruta.

Grandes músicos transcreveram em acordes variadas sensações; ora alegria, euforia, êxtase; ora tristeza, melancolia, mas também esperança e coragem.

Diversas pessoas tiveram uma força descomunal diante de uma doença grave e, se não a superaram com a continuação da vida, o fizeram com o seu legado.

Em algum momento todos já sentiram vontade de ser diferente, mas...

Às vezes queremos ser tão especiais, que nos esquecemos de ser simples.


Todos precisam de um objetivo de vida, de sonhos que impulsionem a caminhada (leia também Nunca deixe de sonhar), mas as melhores recordações de uma pessoa ou de uma época da vida, na maioria das vezes não estão ligadas a um título acadêmico ou à fama, por exemplo, mas sim ao abraço aconchegante, ao colo acolhedor, ao bolinho com café no meio da tarde, ao passeio sem rumo, ao beijo carinhoso, a uma risada espontânea, à atenção recebida, ao olhar compreensivo... e a tantos outros gestos tão singelos e ao mesmo tempo tão significativos, que se tornam mais que especiais, se tornam inesquecíveis.

Caroline Costa Wruck Pereira

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