quarta-feira, 12 de junho de 2013

SUPERANDO A ANSIEDADE

Venci

Todos nós em algum momento da vida passamos por dificuldades que nos tiram o sono, nos roubam a calma. Às vezes o problema está ali, à nossa frente, palpável e muitas outras ele habita justamente o vazio, aquilo que ainda esta por vir e somos invadidos pela ansiedade.

O que irei contar a vocês não é fruto de estudo científico, é apenas a minha experiência e como consegui reagir diante do problema. Talvez sirva para você, talvez não.
Meus dias ruins aconteceram no 3º ano do Ensino Médio. Eu era uma bolsista dedicada e sempre consegui bons resultados na escola. Estava a pouco mais de um semestre para findar o ano e encarar o Vestibular. Estudava de manhã, fazia exercícios à tarde e voltava para o cursinho à noite; isso deveria me dar confiança quanto à minha preparação. Foquei quase 100% do meu tempo nos estudos, mas quando comecei a ponderar o que conseguiria com tudo aquilo minha cabeça virou (e meu estômago também). Será que passaria no “Vestiba”? Será que conseguiria me sustentar morando sozinha em outra cidade? Será que conseguiria morar longe da família? Será que seria uma boa profissional? Quantos “serás”...
Minhas noites de sono viraram breves cochilos alternados com longas revisões involuntárias que minha mente fazia das matérias estudadas no dia anterior; e quando via pela janela o sol aparecendo, batia o desespero misturado ao cansaço e a ansiedade se materializava quando o despertador tocava e eu tinha que correr ao banheiro para não vomitar na beira da cama. Nem sempre deu tempo...

Aos poucos esse sentimento me deixou sem apetite, sem ânimo e com pouca esperança. Ouvia alguns conselhos, mas não conseguia praticá-los por muito tempo.
Um dia, enquanto esperava o ônibus para voltar para casa comecei a observar as pessoas ao meu redor e pensar que tipo de problemas elas poderiam ter, se estavam satisfeitas com suas vidas, com sua família, com seu trabalho, se teriam dinheiro no fim do mês, se estavam bem de saúde... Mas independentemente da resposta, todas estavam ali: VIVENDO mais um dia, trabalhando, estudando, comendo, rindo, porque o mundo não ia parar e esperar minha ansiedade passar e mesmo que parasse, EU tinha que fazer algo, ninguém, por mais que quisesse, poderia me substituir nessa empreitada.

Percebi que eu havia criado um Mundo com meus pensamentos e precisava sair dele depressa. Disse para mim mesma que se todos conseguiam levar a vida numa boa eu também conseguiria e comecei a debochar dos meus problemas e ironizar se fosse preciso.

É claro que as coisas não se resolveram instantaneamente, foram meses de exercício até desfrutar da tranquilidade plena.

Hoje ainda anseio por muitas coisas, mas não perco a paz por isso. Aprendi que existe uma diferença gigantesca entre ter ansiedade e ela ter você.

Caroline Costa Wruck Pereira

2 comentários:

  1. Excelente texto Caroline! Qual seu e-mail?

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    1. Fico feliz que gostou.
      Se não se importar podemos nos comunicar aqui no blog mesmo, até eu organizá-lo melhor para contatos por e-mail.

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